Enologia
Vindima manual. Desengace seguido de ligeiro esmagamento dos bagos. Maceração pré-fermentativa a frio. Fermentação com controlo moderado da temperatura e suaves remontagens manuais. Maceração pós-fermentativa. Prensagem. Estágio do vinho seis meses em madeira francesa após maloláctica.
Nota de Prova
De cor Rubi escuro, no aroma é elegante e com boa intensidade. Em evidência estão os aromas a lembrar frutos vermelhos maduros e ligeiras notas de bosque envolvidas em finas notas provenientes do estágio em madeira que conferem complexidade ao conjunto.
Em boca é seco e fresco no ataque. Bom volume e estrutura harmonizados pelas notas de frutos vermelhos e especiarias a conferir um longo e agradável final.
A minha prova
Um bouquet bastante agradável, muita frescura, com corpo e final longo.
ID do vinho
Região: DOC Trás-os-Montes, sub-região Chaves
Enólgo: Rui Cunha & Sérgio Alves
Castas: Tinta-Roriz, Tinta-Barroca, Alicante-Bouschet e Touriga-Nacional
Terroir: Origem xistosa, com teores médios em argila e de origem granítica com textura arenosa
Clima: Temperado de características continentais (clima seco, muito quente no verão e muito frio no inverno)
Estilo: Aromático, Fresco, Intenso
Estágio em barrica: parcial durante 6 meses
Informação Técnica: 75cl / Grau Alcólico: 14% / PH: / Acidez Total: g/l
Harmonização: queijos fortes, carnes vermelhas e fumeiros. Sugerem a decantação do vinho antes de servir
Sugestão de Consumo: 16º a 18º
Guarda: 10 a 15anos
Nota adicional: n/a

Palmeirim d'Inglaterra
A região vitivinícola de Trás-os-Montes, no nordeste de Portugal, divide-se em três sub-regiões: Chaves, Valpaços e Planalto Mirandês. Montanhosa, de clima seco, muito quente no verão e muito fria no inverno, é cruzada pelos afluentes e subafluentes do rio Douro. No seus vales profundos perdura a influência mediterrânica, onde, desde o tempo dos romanos, se produzem vinhos afamados.
É nessa sub-região de Chaves, entre os vales do Tâmega e da Ribeira de Oura, nas freguesias de Oura, Selhariz, Faiões e Vila Verde da Raia, em solos graníticos, com textura arenosa, e noutros de origem xistosa, que se situam as quintas onde nasceu este vinho.
Os seus actuais proprietários são oriundos de famílias há muito enraizadas nestas terras e quiseram preservar a memória dos seus ancestrais, produzindo um vinho de qualidade que, articulado com outras actividades, dignificasse a cultura deste território ímpar. Desta forma, defendem o património que herdaram e participam no desenvolvimento de uma economia sustentável.
As castas são maioritariamente portuguesas. A vindima é efectuada manualmente por casta e a vinificação é feita em lagar tradicional onde foram efectuadas inovações destinadas a garantir uma fermentação com controlo de temperatura. Rui Cunha e Sérgio Alves são os enólogos responsáveis.
O vinho PALMEIRIM D’ INGLATERRA deve o seu nome a um famoso romance de cavalaria do séc. XVI, escrito pelo transmontano Francisco de Moraes, antepassado comum dos donos destas quintas. “De por si es muy bueno”, foi assim que Miguel Cervantes descreveu esta obra em D. Quixote de la Mancha. O rótulo foi desenhado por Augusto Cid.
